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Will & Will – John Green e David Levithan

Autor: John Green e David Levithan
Editora: Galera
Título Original: Will Grayson, Will Grayson

Todos sabemos que no mundo existem várias pessoas com o mesmo nome que a gente. Mas seria destino ou simples coincidência dois Will Grayson  se encontrarem em lugares que eles não deveriam estar, tendo uma das piores noites das vidas deles? E, se não bastasse o nome igual, o relacionamento com Tiny Cooper tem o poder de mudar as duas vidas.

Danny, o mundo está acabando? É a sua segunda resenha em menos de um mês!

Não, pequenos gafanhotos. Recuperei minha vontade de ler e, finalmente, dei conta de terminar Will & Will que estava no meu armário esperando para ser lido, implorando, suplicando.

Admito, comprei esse livro porque John Green. Eu amo John Green. O jeito como ele escreve, os personagens clichês, porém cativantes. Eu amo John Green. Porém, ainda não conhecia nenhum livro do David Levithan, então procurei na internet algumas resenhas sobre o livro e decidi me aventurar. E não me arrependi. Eu li rápido o livro, somado não deve ter passado das quatro horas. A leitura flui. É gostosa. Te prende.

Temos duas linhas da história: O Will Grayson(1) hétero que o lema de vida dele é ficar de boca calada e não se envolver, só levar a vida como se ele estivesse ali só de passagem, mas tem como melhor amigo o seu oposto, Tiny Cooper, um armário ambulante e gay que se apaixona por um cara diferente a cada dia. E, do outro lado, temos o Will Grayson(2) depressivo, gay, que não acredita que amizades de Ensino Médio duram e apaixonado por um cara que ele conheceu na internet, Isaac. Tiny Cooper está montando um  musical sobre sua própria vida e Will Grayson está bem chateado com a sua caracterização. Enquanto isso, o outro Will sonha em conhecer Isaac pessoalmente.  Num dia de decepções para os dois Wills, eles acabam se cruzando e suas vidas se tornam interligadas por Tiny Cooper.

É fácil perceber que quem escreve o Will(1) é o John Green, com suas caracterizações um pouco mais clichês do cara não-tão-especial, não-tão-bonito, não-tão-popular. É a fórmula dele e o fato é: dá certo. Toda a história, caracterização, funciona para esse Will. E você se vê compartilhando os sentimentos dele, começa a entender o que ele pensa e, pela visão dele, dá até vontade de matar Tiny Cooper. Mas tudo bem, isso passa, porque, apesar do nome, a história inteira gira em torno de Tiny, e de como os dois Wills se relacionam com isso.

Já o Will(2), cara, como você se sente mal por ele. Dava vontade de abraçar ele e falar “shh, vai dar tudo certo”. Acho legal quando abordam esses temas como depressão e homossexualidade em livros que atingem grandes massas de adolescentes pra eles verem que, hey, não é um tabu, muita gente passa por isso. Ignorem os preconceituosos, que dizem que depressão não é nada, ignorem os homofóbicos que falam que homossexualidade é uma doença e se aceita. David Levithan e John Green são dois autores de sucessos que combinaram o poder de massa deles pra criar um livro e quebrar tabus, o que eu achei bem legal.

Mas, ao mesmo tempo, não vá esperando uma história inovadora que irá mudar o jeito de narrativas serem contadas. Não. Clichês e historinhas de amor açucaradas recheiam o livro do começo ao fim, mas é John Green NÉ GALERA, não vamos esperando alguma coisa quando a gente já conheço o abençoado – não peguem isso como negativo, eu amo John Green. É um ótima leitura pra você distrair a mente, serve pra ser aqueles livros de caminho sabe? Ta no ônibus? Lê Will & Will. Ta no metrô? Will & Will. Aula chata de física? Will & Will, porque sem dúvidas é melhor que aguentar aulas sobre movimento circular uniformemente variado.

Ah, o final me fez soltar vários OOOOWNS, de verdade. Achei fofo. Achei inspirador. Achei “Selo John Green de finais que me emocionam”.

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